terça-feira, 15 de setembro de 2009

O tabagismo, que atualmente mata mais de meio milhão de mulheres em cada ano, deve duplicar o número de mortes até o ano 2020

Este texto foi extraído do Documento “Tabagismo e Saúde Feminina” publicado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr)

Apresentando-se como um novo e promissor mercado para a indústria do tabaco, a mulher tornou-se um dos alvos prediletos de publicidade das produtoras de cigarros, que o divulgam como símbolo de emancipação e independência. Produtos desenhados especificamente para as mulheres, como cigarros com sabores e embalagens diferenciadas associam o tabagismo ao desejo universal das mulheres em serem atraentes e sedutoras.Tais produtos estão sendo hoje direcionados às mulheres dos países em desenvolvimento.

Como conseqüência, o número de fumantes, em especial entre o sexo feminino, tem aumentado em todo mundo, influenciado por inúmeros fatores, econômicos e sócio-culturais, retratos da mudança de papéis das mulheres e de seu melhor status econômico, transformações trazidas pela modernização global. O marketing do tabaco direcionado às mulheres busca criar uma ligação entre o tabagismo e essa nova realidade sócio-econômica.

Atualmente, quatro vezes mais homens fumam do que mulheres no mundo, mas, enquanto o índice de homens fumantes estabiliza-se, o número de mulheres tabagistas segue aumentando, principalmente em países em desenvolvimento e em alguns países do leste, centro e sul da Europa, transformando o tabaco numa das maiores ameaças à saúde e bem estar das mulheres de todo o mundo.

A Liga Portuguesa contra o Câncer (5),sob a coordenação da Association of European Cancer Leagues), refere-se ao tabagismo como sendo “o hábito mais perigoso para a saúde da mulher européia”. A mesma fonte prevê que o tabagismo, que atualmente mata mais de meio milhão de mulheres em cada ano, deve duplicar o número de mortes até o ano 2020.

Embora o número de fumantes esteja diminuindo desde os anos 70, entre homens e mulheres, o tabagismo espalha-se especialmente entre as mulheres de classes sociais mais pobres (e que tem menos sucesso em parar de fumar), e entre as mais jovens (mais que entre os homens mais jovens), ancorando as previsões da Association of European Cancer Leagues.

No Brasil, estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2006 (6) revelam que a prevalência de mulheres adultas fumantes atinge 17,5% da população feminina maior de 15 anos de idade.


Para saber mais sobre este assunto, ler o documento completo e também conhecer o maravilhoso e imprescindível trabalho da Aliança de Controle do Tabagismo, acesse: http://www.actbr.org.br/

Se você fuma busque apoio e tratamento nos hospitais do município. Você tem esse direito! Caso não seja atendida, comunique ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher:
cmdmpa@gmail.com para que possamos ajudá-la a assegurar este seu direito.

Cartaz: acervo da ACTbr (autorizada)